30 June 2009
Newdale
Campos verdes, verdes como o natal, acabam em grandes montanhas cobertas de neve. Ao longe, nao percebo como, vejo dunas de areia que suportam as torneladas de pedra dos Teton, ou ao menos parecem faze-lo. Temos um ciclo aqui, onde o mundo acaba, de tres dias. No primeiro vemos as nuvens chegar do Norte, apressadas para chegarem a terras mais quentes. Nuvens brancas. Ate aposto que nos podiamos deitar nelas e durante a noite admirar o ceu limpido, ainda que coberto de fogo. No segundo, ha chuva. Dura menos de uma hora, mas arrasa tudo com tempe/maje-stade. A energia cai. Ficamos 'as escuras como se da noite se tratasse. Rimos com os trovoes, com criancas assustadas nos nossos colos, todos olhamos para fora, para o dia preto e assustador. Mas depois chega o terceiro dia! Ja nao se ve um unico ponto branco nos ceus, talvez uma passaro. Mas ele esta vivo! Ele voa tao alto para depois fazer a sua gloriosa descida. Quando o sol enterra-se, la para a noitinha, podemos ver os fantasticos 180 graus de ceu a tranformarem-se em estrelas e frio. O gelo chega. O amarelo, violeta e vermelho dao inicio a sua metamorfose escura. Quando, de manha, alguem volta a descobrir a luz, o ceu esta outra vez coberto de pequenas nuvens que na realidade, se olharmos bem, nao sao brancas! Sao azuis, amarelas, cinzentas e se olharmos com ainda mais atencao... verdes! Espelhos que pousaram no vidro de ar do mundo! E' um espectaculo maravilhoso, principalmente de doze em doze horas. Tudo vem e vai aqui. Todos sao agricultores, todos sabem isso. Chuva a mais estraga anos de trabalho se for preciso. Chuva a menos seca a terra que ja e' seca, tornando-a de vez num deserto arrepiante. Os quintais nao sao feitos de cercas! Ah! nao! Dessas nao as ha aqui. O limite e' a neve. Uma grande taca de verde rodeada de amarelo, das dunas, e branco, da neve. Aqui onde o mundo acaba tudo parece nao ter limites, mas se olharmos bem, oh, podemos ve-los nitidamente. Sao eles que estragam a visao de 180 graus, mas so a reduzem para 179. Mas nao sao eles que estragam a paisagem, sao eles que a tornam suportavel e ainda mais outstanding. Muitos dos dias existe uma fraca neblina a tapar os Teton, mas ninguem quer saber. Aqui onde o mundo acaba, todos conhecem as suas cercas, e todos os dias aprendem com isso.
Eu tenho vindo a descobrir as minhas. E, incrivelmente, sao montanhas.
3 comments:
és magia.
e és sorte !
'As tuas cercas são montanhas'.
(L)
Até a escrever és fotográfica. Sabe tão bem ler uma manhã, uma tarde, uma noite destas. Ah, e as tuas nuvens fizeram-me lembrar:
http://www.youtube.com/watch?v=5cMzj0mxKsU
Até ao teu regresso, tenho saudades como as tuas montanhas!
Post a Comment